Abre no dia 04 de novembro às 20h
na Casa da Cultura Monsenhor Celso a exposição TransArte. A mostra vai reunir
obras de Diogo Rodrigues e Beatriz Franz Alves envolvendo temas variados, como
por exemplo, as belas paisagens de Paranaguá e Ilha do Mel, incluindo também as formas mais abstratas. Em suma, a
exposição é uma seleção de obras que
retrata sentimentos e sensações íntimas
dos artistas.
TRANSART
Articulando o Transitório
Diogo Rodrigues Alves e Beatriz Franz Alves
Os temas para esta exposição são variados, indo das belas paisagens de
Paranaguá e Ilha do Mel até formas mais abstratas, é uma seleção de obras retratando
sentimentos e sensações mais íntimas dos artistas. A linguagem contemporânea utilizada
na série “Amore”, baseadas nos conceitos orientais “Cultura de Su”, “Lei da
precedência do espírito sobre a matéria” e “Verdade, Bem e Belo” estão explicitas
nas obras de Di Rodrigues Alves, também, a gravura, o Batik e a Aquarela são
técnicas presentes, então, de certo modo, as obras aqui expostas são uma
espécie de transformação, de renascimento da sua relação com a cidade e de desconstrução
da sua própria relação com a arte, na busca de vivifica-las.
Obras Realistas da artista Beatriz Franz Alves completam a exposição. Desenhos
baseados na estética feminina formam uma narrativa conceitual sobre a
diversidade da beleza da mulher ao redor do mundo. Um passeio pelo universo
feminino com algumas reproduções fotográficas oriundas de recentes experiências
com efeitos digitais buscando o desenvolvimento do olhar esteticamente gráfico
no contexto da arte.
Conceitos
Verdade, Bem e
Belo
...Mas o ser
humano não é somente razão e consciência...é também amor. O que caracteriza o ser humano, acima de tudo,
é o sentimento, é o coração... O sentimento é privilegio da alma, por ele a
alma se liga ao que é bom, belo e verdadeiro. A bondade, a beleza e a verdade
só podem existir sob a condição de encontrar seu princípio, plenitude e origem
em um ser que as possua no estado superior, no estado infinito. Leon Denis
Cultura de Su
...A circunferência expressa à forma de todas as coisas no universo. A forma (“su”) é uma circunferência com um ponto bem no centro. Por
conseguinte, simboliza uma forma vazia na qual se pôs alma. Isso equivale a
expressão “colocar espírito” usada pelos pintores antigos. Assim, se numa
circunferência entrar um ponto, significa que por meio de um por cento
modificam-se noventa e nove por cento, é colocar conteúdo, colocar alma, ou
melhor, vivificando o que se encontra vazio. Meishu Sama
Diogo Rodrigues
Alves, nasceu em São Paulo, Capital. Atualmente, concentra a sua pesquisa na
busca de conceitos, elementos formais e valores estéticos para elaborar novas
possibilidades de expressão recriando uma linguagem artística que possa
estabelecer um diálogo entre a arte contemporânea e as experiências adquiridas
como diretor de arte.
Beatriz Franz
Alves, nasceu na cidade de Curitiba, autodidata, muito cedo despertou seu
interesse pelas artes visuais, desde então desenvolve desenhos realistas com
lápis de cor e outros materiais. Atualmente pesquisa sobre a influência da
linguagem contemporânea no contexto da fotografia.
TRANSART:
ARTICULANDO O TRANSITÓRIO
Muitas são as formas de
atravessar as ruas de Paranaguá. Como se fosse o corpo agora maduro de uma
mulher onde cada marca do tempo representasse uma rua, haverá sempre um sentido
de passagem sobre o corpo da cidade que se reinventa, redescobre, renasce outra
neste tempo presente de transições.
É assim que recebemos o mais
recente trabalho do artista plástico Diogo Rodrigues Alves, Transart:
articulando o transitório, em exposição na Casa Monsenhor Celso, no Centro
Histórico de Paranaguá, entre 04 e 30 de novembro de 2016.
Com uma vasta obra já consagrada,
desta vez Diogo vai buscar em uma mística oriental a raiz profunda de onde faz
emergir um amálgama de variações sobre temas como o amor, a espiritualidade, a
transcendência e a passagem do tempo, insistências que percebemos pela escolha
de cores e formas dos objetos dispostos na instalação.
Característica da arte
contemporânea produzida no Brasil, nós temos aqui uma combinação entre técnicas
variadas e diferentes tipos de materiais: o espatulado, a gravura, a colagem, a
aquarela e a gravação são alguns dos recursos utilizados sobre materiais como cabos
de aço, bustos femininos, peças de alumínio, madeira e papel, síntese da qual
resultam seres espirituais, corações iluminados, circunferências entendidas
como formas antes vazias que passam a ter alma.
É justamente essa noção de
passagem e de trânsito que atravessa o conjunto da mostra como um todo:
Paranaguá não é mais aquela de antes, mas uma cidade que renasce outra, assim
como a própria obra do artista renasce, transita e volta ela também outra,
perfazendo caminhos menos figurativos e escolhas mais abstratas que, enfim, transcendem
a realidade própria de objetos transitórios como o corpo, mas eternos como a
alma que atravessa o tempo.
Professor Antônio Galvão
Instituto Federal do Paraná
(IFPR)
Campus Paranaguá
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